Fonte. Redação IG
Comprar um PC para sua micro ou pequena empresa não é uma tarefa fácil. A oferta de modelos é grande e a diferença de preço entre os modelos mais baratos e os mais caros é absurda. Para piorar a situação, um PC "de trabalho" tem um conjunto de requisitos diferente de um micro doméstico. O que é ideal em uma máquina, pode não ser uma boa idéia em outra.
E muitas vezes, desprovido de informação, o microempresário faz justamente isso: compra um PC doméstico “bonitão”, o coloca no escritório e logo se decepciona: gastou mais com recursos desnecessários e ficou sem outros essenciais para um bom desempenho no dia-a-dia da empresa.
Para ajudar a evitar esta situação, elaboramos este guia. Nele mostramos em detalhes o que procurar na hora de comprar seu novo computador, e o que evitar. Com isso, esperamos que você consiga encontrar a máquina “sob medida” para alavancar em seus negócios.
Escolhendo um processador
Antigamente, escolhia-se o processador pela velocidade. 133 MHz era melhor que 100 MHz, ponto. Mas os fabricantes investiram na eficiência, e a tecnologia evoluiu ao ponto de que um processador moderno de 2 GHz pode ser até duas vezes mais rápido que um modelo de 3 GHz de três anos atrás. A velocidade "pura" não é mais tão importante.
Há uma clara migração no mercado para processadores "multi-core", ou seja, são dois processadores (ou CPUs) dentro de um único "chip". Eles podem trabalhar em conjunto para resolver um problema complexo ou separadamente, cada um em uma tarefa. Programas e sistemas operacionais modernos, como o Windows Vista, tiram proveito disto para um ganho notável de desempenho. A vantagem é clara, é só lembrar do ditado que diz que "duas cabeças pensam melhor do que uma".
A boa notícia é que esta tecnologia se barateou bastante e hoje está ao alcance de qualquer um. Tanto que não faz mais sentido comprar uma máquina com um processador de um único núcleo, ou "single core". Um novo computador deve ter, pelo menos, um processador de dois núcleos como os AMD Phenom X2 ou os Intel Core 2 Duo.
A exceção é se você trabalha com edição profissional de imagens e vídeos, computação gráfica ou atividades que exijam cálculos matemáticos intensos. Nesse caso é melhor investir um pouco mais: procure uma máquina equipada com um processador com três ou quatro núcleos, como os AMD Phenom X3 e X4 ou Intel Core 2 Quad.
Quanto de memória?
Por melhor que seja a máquina, sem memória ela vai perder muito em rendimento. Exija pelo menos 2 GB de RAM, mesmo em um PC destinado ao uso mais básico. O próprio Windows Vista pede no mínimo 1 GB de RAM para rodar, e você vai precisar de memória para os programas que vai usar. Quanto mais memória, menos a máquina vai "engasgar" ao rodar vários programas simultâneamente.
Se você vai trabalhar com edição de imagens ou vídeo, deve investir mais ainda em RAM. Uma máquina com 4GB é garantia de desempenho. Mas fique atento: nesses casos o micro vai precisar de uma versão especial do sistema operacional. Tanto o Windows Vista quanto várias distribuições Linux, como o Ubuntu e SuSE, tem versões de "64 Bits" necessárias para tirar proveito de toda a memória disponível.
Nesse caso é preciso um certo planejamento, já que muitos programas são escritos assumindo um sistema operacional de 32 Bits, e não rodam nas versões de 64 Bits. Isso pode ser um problema se sua empresa usa softwares feitos “sob medida”, como sistemas de controle de estoque e folha de pagamentos. Faça testes antes de colocar a máquina para trabalhar, e em caso de dúvidas consulte os produtores dos softwares que vai usar.
Espaço para tudo
A capacidade do disco rígido é outro fator que deve ser levado em conta. Para uma máquina em uma pequena empresa ou escritório, 120 GB é um bom começo. Afinal, você não vai encher o disco com fotos, músicas e vídeos. Pelo menos não deveria.
Alguns fabricantes oferecem máquinas com dois discos rígidos que podem configurados em um “array” RAID. Trocando em miúdos, um dos discos funciona como um “espelho” do outro, criando um “backup automático” de todas as informações. Se um dos discos falhar, o outro assume o lugar e seus arquivos continuam intactos. É uma boa idéia colocar máquinas com um arranjo deste tipo em pontos críticos, como o financeiro ou administrativo.
Janela para a máquina
Atualmente boa parte dos computadores já vem acompanhados de um monitor, mas ainda há casos em que ele é vendido separadamente. De qualquer forma vale a pena prestar atenção neste periférico, já que você vai olhar o dia todo para ele.
A primeira dica: evite monitores com menos de 17 polegadas. Numa época em que os modelos de 19" caminham para se tornar o padrão na indústria nacional, uma tela de 15" é jogar dinheiro fora. As telas "quadradas" (com proporção de 4:3) são as mais recomendadas, pois você ganha mais espaço vertical para visualização de documentos e sites da internet
Modelos capazes de girar em 90º e trabalhar "de pé" também são interessantes, especialmente se seu trabalho envolve edição de textos: você precisará rolar menos a página, o que evita a quebra de concentração.
Os tamanhos podem ficar na casa das 17 polegadas para a maioria dos usos no escritório. Atenção no acabamento: telas não-reflexivas, ou "matte", são as mais indicadas, pois mostram menos reflexos, o que ajuda a cansar menos os olhos e evita dores de cabeça no fim do dia
E um detalhe curioso: pode parecer um desperdício, mas usar dois monitores lado-a-lado pode ser bom para os negócios. Em um estudo recente encomendado pela fabricante de eletrônicos NEC, pesquisadores da Universidade de Utah, nos EUA, pediram a vários funcionários de um escritório para realizar uma série de tarefas em vários arranjos diferentes de monitores. Eles descobriram que as pessoas que usaram dois monitores de 20 polegadas foram 44% mais produtivas em certas operações de edição de textos que as pessoas que usaram um único monitor de 17 polegadas.
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